FILOSOFIA POLÍTICA II




FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE GREGA




Atenas era o centro irradiador do pensamento político, pois lá aconteciam fatores de inovação cultural, como a escrita que permitiu mudanças das leis conforme os ventos aristocráticos.  Salon faz reformas políticas que permitem aos cidadãos atenienses participarem de assembleias e deliberarem sobre o futuro da cidade, elegendo os funcionários do Estado; mas é com Clístenes que se instaura a democracia. 


Aristóteles desqualificava os sofistas pelo uso falso da razão para obter lucros; pois eles como professores precisavam de pagamento para sobreviver em Atenas, vendiam seu saber e usavam como técnica a retórica, que caiu como luva no contexto de democracia. Platão descreve como um futuro governante deve ser educado; educar ou ensinar a filosofar em Platão é acordar uma capacidade latente da alma do educando, que ainda dorme. Cabe ao educando se orientar pela luz. A luz do sol ou a luz do bem em si, que proporciona o conhecimento e a realidade prática do bem. Orientação essa que desvia a alma para a sua saída da caverna; em vista da fonte de saber e da virtude.



Aristóteles começa o livro tecendo considerações sobre a justiça e injustiça. A justiça é o lado luminoso e a injustiça o lado sombrio. A ambivalência do injusto se refere quando se infringe a lei por ambição ou iniquidade. A justiça seria a forma perfeita de excelência moral, pois se dirige a uma ação boa para consigo e para com o próximo.  Já as injustiças no sentido especifico como a ambição desdobrada, covardia, irascibilidade; busca desmedida por honra, dinheiro, segurança;  uma espécie de injustiça no gênero injustiça irrestrita. Esse modelo supracitado é a justiça distributiva de Aristóteles. Contudo ele também menciona a justiça corretiva, que se trata não da proporcionalidade dos bens públicos, mas das relações privadas entre os cidadãos igualmente livres. Cumpre ao juiz o papel de restaurar a igualdade entre as partes, então perdida, com o uso de penas; numa função corretiva. Exemplo contrato de compra e venda de um automóvel, em que uma das partes deixa de cumprir parte da obrigação.



Na antiguidade grega devido às dificuldades com a escrita, tornaram vantajosa a palavra eloquente para deliberação pública que caiu como luva para a democracia ateniense, sendo largamente utilizada pelos sofistas, retórica. O discurso de quem se considera “dono da verdade” e exige que cale a boca quem fala do que não saberia é empecilho para a democracia. Especialistas ou não, nós compartilhamos de uma cultura produzida coletivamente. A partir dela construímos novas relações políticas por um contexto comunicativo, compartilhando entre os interlocutores - co- cidadão.  Independentemente da opinião pessoal de um especialista a respeito de determinado tema, favoreçamos o paradigma democrático com seguinte mote: contra a opinião da autoridade, viva a autoridade da opinião!



O Ensino de Filosofia nos auxilia a enxergar as coisas de maneira diferente, pois é a busca do saber, com a qual alcançamos o conhecimento e aprendemos a pensar sobre o mundo e os fatos com mais cuidado, analisando o comportamento de todos a sua volta. Aprender filosofia é uma concepção de vida, é um modo de pensar de questionar o mundo em sua essência. Portanto é uma busca constante das causas primeiras e das últimas. O fazer e aprender filosofia, implica em estar desprovido de todos os dogmas, reconhecer que a própria ignorância diante de tanto conhecimento e que a sabedoria é adquirida em uma busca constante, ou então fica-se preso a suas convicções, medos e próprios conhecimentos, sem chance de olhar o mundo de outra forma, e de se desenvolver como um cidadão pleno de suas visões. 

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino de Filosofia, deve ser construir um currículo que abrange uma aprendizagem que desponta para a compreensão do significado de se aprender a filosofia, a história da filosofia e o ensinar a filosofar, há uma diferença entre aprender Filosofia e ensinar a filosofar, pois existe uma correlação referente a definição do conceito de ensino e o conceito de aprendizagem. O ensino de Filosofia é muito significativo, pois foi a primeira a se preocupar em dar respostas mais a se preocupar em dar respostas mais convincentes e verdadeira sobre a origem do mundo, e é essa a principal função da Filosofia: buscar esclarecer a totalidade das coisas, enquanto que outras ciências derivadas da Filosofia como a Matemática se preocupam com uma parte especifica. A Filosofia é a mãe de todas as ciências. Aristóteles já afirmava: “Todas as outras ciências podem ser mais necessárias ao homem, mas nenhuma delas é superior à filosofia”. Diante disso aprender Filosofia implica na importância de centralizar conteúdos programáticos que de uma forma integrada simboliza o conhecimento especifico da Filosofia. Aprender a filosofar constitui uma ruptura dessa centralização dos saberes específicos e valoriza a Filosofia como atividade, como apropriação de habilidades especificas do filosofar. 

Ensinar Filosofia e ensinar a filosofar pressupõe um modo de conhecer e colocar os limites que determinam um ser e saber, o porquê, e para o que das coisas, de forma articulada e racional fugindo desta forma do mito e do senso comum. Assim sempre é questionadora, pois a mesma busca conhecer a verdade como ela é e não como se gostaria que fosse.




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